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Eu esqueci de escrever sobre o Dia dos Pais.
Na verdade, eu não esqueci... só não é importante pra mim.
Tanto...que ontem, eu não encontrei com o meu pai.
Ele foi pra uma " pelada" com os amigos.
E eu fiquei em casa...

- Relaxa, filhota... Vou jogar bola com a galera.

Não faz diferença pra mim...e muito menos pra ele, se estamos juntos UM dia do ano por pura obrigação da sociedade.
É puro comércio.
Meu pai é meu grande ídolo.
Meu parceiro de noitadas...
Íamos pro samba juntos... pros churrascos...
Minha mãe sempre foi mais "quieta".
Então...a companhia dele, era eu.
Quando saiu aquela matéria da Revista Época, eu fiquei com medo da reação dele.
Medo dele achar que a filha era uma perdida na vida...
Mas meu pai é gato escaldado... sabe que a imprensa é feroz quando lhe interessa.
Leu a revista, mostrou pros amigos e disse: " Essa é a minha filha."
Na Sexta Feira me peguei emocionada com uma coisa que NUNCA tinha feito com que eu me emocionasse antes.
O Nelson Motta deu uma entrevista no Jô sobre um livro que ele escreveu contando do Fluminense.
E passaram umas fotos dos melhores jogadores da época.
Uma delas era do meu pai.
Eu fiquei olhando pra aquela foto...e pela primeira vez na vida...consegui ver além de uma simples foto.
Vi o meu pai.

Quantas vezes meus amigos iam pra minha casa, sem eu estar lá, pra conversar com meu pai?
Quantos namorados eu já peguei boquiabertos com meu pai falando de futebol?
Quantas amigas já me disseram : Seu pai dá um caldo, hein?
Quantos...quantos...quantos...
Muitos.
E é pra esses muitos que eu digo: É MEU.
MEU PAI.



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